segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Vídeo mostra depredação de carro da GCM de Barrinha em frente a PMs

Um vídeo divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (12) mostra moradores de Barrinha apedrejando e tombando um carro da Guarda Civil Municipal (GCM) na tarde de segunda-feira (9). As imagens teriam sido entregues pelo prefeito Mitu Takahasi e flagraram a ação, que acontece em frente a um grupo de policiais militares, que observam sem conseguir impedir a depredação.
A revolta, em frente à Unidade Mista de Saúde, foi por causa do suposto assassinato do soldador de 26 anos Tiago Antônio da Silva, ocorrido horas antes. A população e familiares da vítima acusam o comandante da GCM de ser o autor do tiro que atingiu a cabeça do jovem e provocou a morte dele.
Moradores depredam e tombam carro da GCM de Barrinha em protesto (Foto: Reprodução/EPTV)
Clique aqui e veja o vídeo

O tenente coronel da Polícia Militar Francisco Mango Neto disse que o número de policiais que estavam em frente à unidade de saúde era insuficiente para conter a revolta, que contava, segundo ele, com 500 pessoas. Mango afirmou que com a situação foi pedido reforço de policiais de Sertãozinho (SP) e Ribeirão Preto (SP).
“Nós estávamos com um menor efetivo, nós estávamos com sete homens apenas e nós nos preocupamos nesse momento em tomar conta da portaria do hospital, porque dia 1º de janeiro houve a depredação do hospital inteirinho. Em segundo plano, nós depois fomos até o veículo e o desviramos e cortamos os fios, cortamos o combustível para que não houvesse ainda mais danos a aquele veículo. Mas foi porque estávamos com o efetivo muito pequeno e sem o material de choque”, afirmou.


Além das investigações da Polícia Civil, o comandante da GCM também é alvo de uma sindicância aberta pela Prefeitura de Barrinha para investigar o caso. Campanini foi afastado da função por tempo indeterminado.
GCM alega inocência
O comandante da Guarda Civil Municipal, William Américo Campanini, suspeito do homicídio, depôs na quarta-feira (11) na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sertãozinho (SP) onde afirmou que não estava armado e negou ter efetuado o disparo que matou Tiago. Segundo o delegado Rodrigo Pimentel Bortoleto, que investiga o caso, o GCM foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e porte ilegal de armas, mas responderá o processo em liberdade por ter se apresentado espontaneamente à polícia.

O soldador Tiago Antonio da Sil,va de 26 anos, foi morto durante bltz da Guarda Civil Municipal em Barrinha (Foto: Reprodução/EPTV)
O soldador Tiago Antonio da Sil,va de 26 anos, foi
morto durante bltz   (Foto: Reprodução/EPTV)
Segundo Bortoleto, o GCM confirmou que participou da blitz da Polícia Militar no bairro Vila São José. Campanini teria dito que ele e outros guardas resolveram acompanhar a diligência da PM.
O comandante teria dito que ao chegarem no local da operação, os policiais militares já haviam abordado três suspeitos e os deixaram com os GCM para fazer uma verificação em uma casa abandonada na região. Neste momento, Campanini afirma que mais dois rapazes chegaram, entre eles Tiago.
Foi então que, segundo o GCM, os rapazes partiram para cima dos guardas e formou-se uma confusão. No meio do tumulto ele disse que ouviu um disparo de tiro e viu a vítima caída no chão ensanguentada.
De acordo com o delegado, a versão apresentada pelo comandante da GCM é semelhante ao depoimento dado pelos policiais militares envolvidos na ocorrência.
Morte de jovem
O GCM é o principal suspeito de ter matado com um tiro na cabeça o soldador Tiago Antônio da Silva. O crime aconteceu na Vila São José, onde o comandante e outros guardas estariam verificando uma denúncia de consumo e tráfico de drogas.

No local, Silva teria sido baleado ao se desentender com os GCMs durante a abordagem. O jovem chegou a ser encaminhado para a unidade mista de saúde do município, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo do rapaz foi enterrado no cemitério da cidade na terça-feira (10).
A morte provocou revolta entre moradores, que por dois dias atacaram prédios públicos e viaturas policiais. A Prefeitura estima um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão.
Viatura da Guarda Municipal foi apedrejada e invasão a unidade de saúde foi cogitada após morte de jovem em blitz (Foto: Reprodução/EPTV)
Viatura da Guarda Municipal foi apedrejada e invasão a unidade de saúde foi cogitada após morte de jovem em blitz (Foto: Reprodução/EPTV)

Fonte: G1.COM

0 comentários:

Postar um comentário