quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Rota mata nove bandidos em Várzea Paulista – SP.

Homens foram baleados em tiroteio com os policiais em uma chácara no Jardim Bahia nesta terça-feira.

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A Polícia Militar de São Paulo confirmou, na noite desta terça-feira (11), que a ação da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), em uma chácara em Várzea Paulista, na região de Jundiaí — que deixou nove suspeitos mortos e prendeu outros oito criminosos —, foi motivada por uma denúncia anônima de que aconteceria um “tribunal do crime” no local. Para o comandante geral da PM, coronel Roberval França, a ação dos policiais foi “legítima”.
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— A área de inteligência da Rota recebeu uma denúncia anônima de que estaria ocorrendo ou iria ocorrer um tribunal do crime na cidade de Várzea Paulista. As informações davam conta da presença de um grande número de criminosos reunidos para o julgamento de um estupro de uma menina de 12 anos de idade.

Segundo França, um homem era suspeito de estuprar uma garota de 12 anos. O irmão da vítima solicitou o tribunal para julgar o caso. Ele, a garota e a mãe dos jovens assistiram ao encontro dos criminosos, que acabou com a “condenação” do estuprador. A punição escolhida pela quadrilha foi a execução.
Durante a ação, nove integrantes da quadrilha organizada morreram e oito foram presos. Entre os 17 criminosos que estavam na chácara (considerando o estuprador), seis já foram identificados e possuem antecedentes criminais.
Informações iniciais da polícia de Várze Paulista indicavam que o grupo poderia fazer parte do PCC (Primeiro Comando da Capital), quadrilha que age a partir dos presídios do Estado. França, no entanto, disse que tal afirmação é “prematura”.
Perseguição
Dez equipes da Rota atuaram nas buscas na região de Várzea Paulista para encontrar a chácara. Por volta das 16h30, o imóvel foi localizado. No momento da chegada das primeiras equipes da Rota, sete criminosos saiam da casa e, ao perceberem a presença dos policiais, tentaram fugir em dois veículos. De acordo com França, os carros foram para direções diferentes e houve perseguição e troca de tiros.
— Sete criminosos estavam saindo do local porque o tribunal já tinha sido encerrado. Houve uma coincidência entre o encerramento do tribunal e a chegada das primeiras equipes da polícia.
Os confrontos ocorreram a cerca de um km da chácara. Em uma das perseguições, dos três criminosos que estavam no veículo, um foi preso e dois morreram. Na outra troca de tiros, quatro criminosos estavam no carro. Dois morreram e dois foram presos.
Na chácara, outras equipes da Rota encontraram nove integrantes da quadrilha e o suspeito de estupro. Cinco foram presos e cinco morreram na ação. Um dos mortos foi o estuprador e não há confirmação se ele já havia sido executado pela quadrilha ou se foi atingido pela polícia. Além dos criminosos, a família que denunciou o estuprador também estava no local. Os três — únicas testemunhas do caso — estavam de saída, segundo França.
— Na chácara, a família assistiu ao tribunal do crime até o momento em que os criminosos decretaram a morte do estuprador. Houve uma solicitação dos próprios criminosos de que a família saísse para não acompanhar a execução.
Chácara alugada
Segundo a PM, a casa onde ocorria o tribunal era alugada. O proprietário do imóvel seria um candidato a vereador de Várzea Paulista e a chácara foi alugada pelos criminosos para um período curto de tempo.
França afirmou, ainda, que as informações preliminares indicam que o imóvel era utilizado para realização de reuniões e estocagem de armas e entorpecentes. No local, foram encontrados uma metralhadora, duas armas calibre 12, sete pistolas, quatro revólveres, uma granada, 20 kg de maconha, um colete à prova de balas e explosivos.
Até as 21h desta terça, os oito presos ainda estavam nas viaturas da Rota e policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que trabalham com o desarmamento de explosivos, estavam no imóvel devido a grande quantidade de munição encontrada no local.
Ação isolada
A PM informou que a ação realizada nesta terça-feira não tem relação com qualquer outro acontecimento envolvendo a Rota. França declarou que o trabalho dos policiais não foi uma resposta à onda de violência sofrida pela corporação este ano.
— Essa ação é uma resposta a uma denúncia anônima de um tribunal do crime.
De acordo com o coronel, 67 policiais militares morreram este ano no Estado — sendo três em serviço — e 92 foram vítimas de tentativa de homicídio. Durante o ano inteiro de 2011, há o registro de 48 mortes de PMs. Para França, o aumento das mortes indica uma mudança de comportamento dos criminosos.
— Até agora temos uma média de um confronto [entre PM e criminosos] a cada três dias. Isso demonstra que os criminosos estão confrontando a polícia e a polícia está se fazendo presente e tem realizado o enfrentamento, mas é importante dizer que 83% dos criminosos que enfrentam a policia saem vivos.
Assista ao vídeo:


Fonte: R7

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